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Drex vai ser igual ao Pix? Entenda como será a nova moeda digital
Economia & Finanças
Publicado em 13/08/2023

Banco Central lança a marca da moeda digital, o Drex

DIVULGAÇÃO/BANCO CENTRAL

 

 

Moeda digital anunciada pelo Banco Central será semelhante ao método de pagamento instantâneo, mas não idêntica

 

A primeira moeda digital do Brasil, que será equivalente ao dinheiro em circulação, se chamará Drex. O anúncio foi feito pelo BC (Banco Central) na segunda-feira (7).

Com o objetivo de facilitar as transações e proporcionar maior segurança às operações financeiras, o Drex apresenta uma abordagem inovadora para lidar com as finanças virtuais dos cidadãos brasileiros.

Também conhecido como real digital, o Drex funcionará como uma versão virtual das notas em papel-moeda — vai ser uma representação digital das notas emitidas pelo BC.

Sua implementação deve representar um grande avanço na regulação da economia digital no país, segundo o economista Eduardo Amendola.

Ele ressalta que as regras e os fundamentos que sustentam a estabilidade do real serão mantidos e explica como a moeda funcionará na prática.

“A nova moeda digital seguirá as mesmas políticas e os mesmos regulamentos que garantem o valor e a estabilidade da moeda convencional, incluindo a cotação diante de outras moedas, que será a mesma do real hoje. Por meio da plataforma que está sendo criada para que o Drex circule, será possível realizar transações financeiras, transferências e pagamentos", afirma o professor da Estácio.

"Diferentemente do Pix, que é um mecanismo para transferência de valores, o Drex é a própria moeda. O usuário poderá, inclusive, realizar um Pix em Drex ou utilizar o Drex para realizar transferências e pagamentos em outros meios já existentes. A renda poderá ser expressa em reais (R), dólares (US) ou Drex (DR)”, conclui.

O Banco Central planeja migrar diversos serviços financeiros para a plataforma do Drex. A ideia é garantir maior segurança e simplicidade por meio de carteiras digitais e contratos automatizados.

Isso resultará, por exemplo, na redução de custos relacionados à burocracia, na eliminação de intermediários e na agilidade dos processos de pagamento.

Drex não será uma criptomoeda

Amendola explica que o Drex compartilhará desenvolvimentos tecnológicos vindos das criptomoedas. Porém, não são coisas iguais.

Diferentemente das criptomoedas, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real.

Cada R$ 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pelo Banco Central. As criptomoedas, por sua vez, não têm a garantia de nenhuma autoridade monetária.

“Enquanto as criptomoedas são ativos caracterizados pela volatilidade de valor determinada pelo mercado e pela ausência de regulamentação, o Drex é a própria moeda, tendo o valor garantido pelo Banco Central do Brasil”, analisa o economista e professor da Estácio.

Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores.

Enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser utilizado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos.

Data de lançamento

A moeda virtual oficial ainda está em fase de testes. A expectativa é que ela seja lançada no fim de 2024.

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