O governador Rafael Fonteles (PT) detalhou, durante entrevista ao Jornal do Piauí desta segunda-feira (15), uma série de investimentos em infraestrutura das rodovias estaduais e federais que serão realizadas nos próximos anos. Além disso, o gestor anunciou a expansão das subconcessões no setor e a criação de um novo modal para escoamento da produção de grãos do cerrado piauiense.
Embora a meta a duplicação da BR-343 seja de Teresina à Parnaíba, o gestor garantiu que o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê a duplicação até Piripiri.
"Esse ano começa Teresina a Altos. O DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] está licitando projeto de Altos a Campo Maior e contorno de Campo Maior, para depois fazer o projeto de Campo Maior a Piripiri", afirmou.
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Com recursos garantidos via Orçamento Geral da União (OGU), Rafael Fonteles ainda mencionou a expansão da duplicação da BR-316. “Vai agora de Demerval Lobão à Monsenhor Gil e depois vai até a Estaca Zero [povoado do município de Lagoinha]", pontuou.
Rodovias estaduais
Paralelo a isso, Rafael Fonteles também comentou os investimentos feitos nas rodovias estaduais, sobretudo às utilizadas para o escoamento da produção de grãos do estado. “Vamos inaugurar, nos próximos meses, a tão sonhada Transcerrados, além da PI-392, que completa o que chamamos de anel rodoviário da soja”, destacou.
Preocupado com a “conservação permanente” das estradas piauienses, o governador revelou que vem discutindo e estudando a subconcessão de rodovias estaduais.
“Queremos expandir para a terceira etapa da Transcerrados, para que a tenhamos, nessas rodovias que mais são mais usadas pelos caminhões de grãos que propriamente pela população com carro de passeio. Inclusive, a gente exigiu no contrato que as motos não pagassem pedágio, para não penalizar a população mais pobre”, explicou.
Por fim, o governador citou o “sonho” da expandir a linha férrea de Teresina a Parnaíba, principalmente o avanço das obras do Porto de Luís Correia, interligada com um novo modal para o transporte de cargas.
"Estamos estudando a hidrovia do Parnaíba, de Uruçuí a Teresina. Os estudos mostram que de Teresina a Parnaíba não é viável, pelo assoreamento do rio, mas de Uruçuí a Teresina, possivelmente, será viável. Consequentemente tenho esse grão chegando a Teresina, que vai ao litoral de ferrovia. É uma obra de longo prazo”, ressaltou Fonteles.
Segundo o gestor, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os BRICS já sinalizaram positivamente para a possibilidade de financiar a execução das obras para expansão da linha férrea e implantação da hidrovia no estado.