A suspeita de envolvimento na morte da criança (a própria mãe) segue presa na Central de Flagrantes até a realização da Audiência de Custódia, prevista para acontecer nesta quarta-feira (22).
O delegado de Polícia Civil que atendeu o caso, Jônatas Brasil, explicou que, durante os depoimentos, foi informado que a genitora fazia uso de bebida alcoólica, inclusive teria ingerido álcool na noite anterior à morte do bebê.
“Realmente não foi morte natural; a causa da morte foi fratura cervical, pescoço quebrado. Estamos ouvindo familiares e a genitora para dar andamento ao inquérito. É um caso complexo. Ontem mesmo [segunda-feira], ela teria bebido e se embriagado, segundo informações repassadas à polícia”, disse o delegado.
Além disso, familiares informaram que a situação familiar era delicada. O Conselho Tutelar já havia sido acionado várias vezes e, em breve, seria realizada uma audiência para tratar da guarda das crianças. A mãe também estava sob suspeita de uso de entorpecentes.
"A gente, eu e meu esposo, sempre cuidava dela e dos filhos como se fôssemos pai e mãe. Ela [a mãe] sempre foi uma pessoa revoltada, jogada na bebida, na droga. E hoje, infelizmente, o pior aconteceu. O Conselho Tutelar já tinha sido acionado várias vezes, buscando aconselhá-la, mas ela nunca ouviu. É uma dor sem tamanho o que estamos sentindo", pontuou a agricultora Maria Raimunda dos Santos.
Diante dos procedimentos que o caso requer, além do laudo de necropsia, foi também solicitada a coleta de material da genitora para posterior análise.
O corpo de Miguel foi liberado na noite desta terça-feira (21) para ser velado na casa de familiares em São João da Canabrava. Selma Santos ainda tem outros dois filhos.