O Governo Federal construiu uma parceria interministerial que visa impulsionar a agricultura familiar por meio da instalação de placas fotovoltaicas em sistemas de irrigação. A iniciativa busca atender regiões onde o acesso à energia elétrica é limitado ou precário, garantindo mais autonomia e sustentabilidade para pequenos produtores.

O projeto conta com a participação dos Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Minas e Energia (MME), Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS) e Desenvolvimento Agrário (MDA), além do apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A parceria foi firmada no início deste mês e já está em fase de implementação no Rio Grande do Norte, com previsão de expansão para outras áreas prioritárias do Norte e Nordeste.

Segundo as informações, a iniciativa interministerial será implementada por meio de duas frentes principais. Uma delas é a realização de projetos em parceria com os estados, com a instalação de poços para irrigação descentralizada, utilizando energia solar para beneficiar pequenos produtores rurais. A outra frente é a criação de polos de irrigação, focados na modernização da produção agrícola em regiões com escassez hídrica.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou que a iniciativa foi discutida durante a reformulação do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e enfatizou a importância de reposicionar a Política Nacional de Irrigação.

“Ainda na reformulação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), eu defendi para o ministro Rui Costa (da Casa Civil) que a Política Nacional de Irrigação fosse retomada. Mas quando chegou na hora, a gente teve o eixo Água Para Todos, bem posicionado, mas ainda não estava madura a questão da irrigação. Nós só temos uma forma de resolver o desencontro do passado se reposicionarmos a política pública”, argumentou.

Além de proporcionar mais segurança hídrica para os agricultores, o uso da energia solar reduz os custos operacionais e contribui para a sustentabilidade ambiental. O programa deve impulsionar a produtividade da agricultura familiar, garantindo mais eficiência energética e menor impacto ambiental.

Portal O Dia