O Papa Francisco, aos 88 anos, foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana do trato respiratório, conforme comunicado divulgado pelo Vaticano nesta segunda-feira (17).
O quadro clínico do Papa foi classificado como “complexo” e, devido à gravidade, seu tratamento foi alterado, sendo necessária a continuidade da internação. O Vaticano informou que não há previsão de alta, e o Papa permanecerá no hospital enquanto for necessário para sua recuperação.
De acordo com o boletim médico, os testes realizados nas últimas 48 horas confirmaram a infecção polimicrobiana.
“De acordo com o boletim médico, os testes realizados nas últimas 48 horas confirmaram a infecção polimicrobiana. O quadro respiratório levou a uma modificação da terapia já em andamento. “Todos os exames realizados até o momento indicam um quadro clínico complexo”, diz o boletim.
Na manhã desta segunda-feira, o porta-voz do Vaticano informou que o Papa Francisco se encontra em condições estáveis. Ele teria dormido bem, tomado café da manhã e demonstrado bom humor. Mesmo com a mudança no tratamento, Francisco já estava sob repouso absoluto, tendo desmarcado compromissos, incluindo sua tradicional oração dominical na Praça de São Pedro.
Desde o início do mês, o Papa Francisco enfrenta problemas respiratórios que foram inicialmente descritos como um “forte resfriado”. Posteriormente, os médicos diagnosticaram bronquite, o que o levou à hospitalização na manhã de sexta-feira (14) no Hospital Gemelli, em Roma.
Polimicrobiana
O termo “polimicrobiana” descreve uma infecção ou condição que envolve a presença de múltiplos tipos de microrganismos, como bactérias, fungos, vírus ou protozoários, em uma mesma área ou órgão do corpo. Isso pode ocorrer, por exemplo, em infecções que resultam da interação de várias espécies microbianas que contribuem para o agravamento da doença.
Causas de uma infecção polimicrobiana:
- Alteração na microbiota natural: Quando há um desequilíbrio nos microrganismos que normalmente habitam o corpo (como nas mucosas ou na pele), diferentes microrganismos podem se proliferar, levando à infecção.
- Sistema imunológico enfraquecido: Pacientes com sistemas imunológicos comprometidos (como aqueles com HIV/AIDS, diabetes ou que estão em tratamento imunossupressor) têm maior risco de desenvolver infecções polimicrobianas.
- Uso inadequado de antibióticos: O uso excessivo ou inadequado de antibióticos pode alterar a microbiota normal e permitir que microrganismos resistentes se proliferem.
- Lesões ou intervenções cirúrgicas: Ferimentos, operações ou outros danos aos tecidos podem permitir que diferentes microrganismos entrem no corpo, resultando em infecções polimicrobianas.
- Ambientes propícios ao crescimento microbiano: Locais úmidos ou com baixa higiene podem favorecer a proliferação de múltiplos microrganismos.
Sintomas de uma infecção polimicrobiana:
Os sintomas variam dependendo da área afetada e dos tipos de microrganismos envolvidos, mas podem incluir:
- Febre
- Inflamação
- Dor local (no caso de infecção em uma área específica, como uma ferida)
- Mal-estar geral
- Dificuldade para respirar (em infecções respiratórias)
- Secreção purulenta (em casos de infecções cutâneas ou de feridas)
- Sinais de septicemia (em infecções graves, como hipotensão, taquicardia, e comprometimento de órgãos)
Diagnóstico:
O diagnóstico é feito com base na história clínica do paciente, exames laboratoriais como culturas de secreções, sangue ou outros fluidos corporais, e testes microbiológicos que identificam os diferentes tipos de microrganismos presentes na infecção.
Fonte: Portal O Dia