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Creatina: mitos e verdades sobre o suplemento do momento
Por Dulina Fernandes
Publicado em 20/03/2025 13:23
Brasil

Foto: Freepik

 

A creatina tem sido o centro das atenções no mundo fitness. Nas redes sociais, influenciadores divulgam dezenas de informações sobre a substância. Se a gente acreditar em tudo o que encontra na internet, pode pensar que a creatina é a solução para os problemas de saúde como ansiedade, depressão, osteoporose, diabetes, Alzheimer, Parkinson e até para impulsionar o funcionamento cerebral. 

O nutricionista funcional Diogo Cirico, especialista em nutrição esportiva, reforça que não se pode acreditar em tudo o que vemos na internet e esclarece os principais mitos e verdades sobre a creatina.
 
Entre as verdades comprovadas, estão os ganhos de desempenho e recuperação muscular. "A creatina realmente cumpre o que promete em termos de performance muscular. Ela não só melhora a força e a resistência, mas também auxilia significativamente na recuperação após treinos intensos."

Contrariando receios comuns, Cirico ressalta que, quando usada corretamente, ou seja, com a supervisão de um nutricionista e na dose adequada, a creatina é segura. “Não há evidências científicas de que a substância cause hipertensão, problemas renais, câncer ou desidratação," esclarece o especialista.
 
Benefícios além da academia

Surpreendentemente, a creatina pode beneficiar até quem não é atleta. "Temos observado melhorias no desempenho muscular em praticantes de atividade física", explica o nutricionista. Portanto, a creatina é especialmente promissora para os idosos. "Combinada com exercícios, ela pode combater a perda de massa muscular e prevenir a sarcopenia, fator que degrada o bem-estar, a saúde e a autonomia do idoso", conta. 
 
O que ainda precisa ser estudado

A relação entre gravidez e creatina vem sendo estudada com afinco, as revisões de literatura mostram que o consumo de creatina por gestantes a lactantes é seguro, porém a legislação brasileira determina que os produtos brasileiros tragam uma advertência em seu rótulo.
 
O especialista afirma que há indícios promissores sobre efeitos anti-inflamatórios e terapêuticos da creatina, mas ainda é preciso mais pesquisas para confirmar. O mesmo acontece com a hipótese de reduzir a fadiga mental e física e de ter efeitos positivos no sistema imunológico. “Não se recomenda usar a creatina para essas finalidades, nem para 'potencializar' o funcionamento do cérebro. Embora haja hipóteses interessantes, ainda é muito cedo para relacionar a creatina a benefícios cognitivos concretos", diz. 

A creatina se mostra um suplemento seguro e eficaz, principalmente para ganhos de força e massa muscular. No entanto, Cirico adverte: "como todo suplemento, deve ser usada com orientação profissional. E lembre-se, não existem milagres - a creatina é um complemento a uma dieta equilibrada e exercícios regulares.

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