EUROPA ENGENHARIA
PUBLICIDADE
ARMAZÉM PARAIBA
Publicidade
Publicidade
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Ministério da Saúde disponibiliza tratamento inédito para crianças com AME no SUS, incluindo serviço no Piauí
Por Dulina Fernandes
Publicado em 25/03/2025 12:47
Piaui
Ministério da Saúde disponibiliza tratamento inédito para crianças com AME/Foto: Divulgação Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde anunciou uma decisão histórica ao viabilizar no Sistema Único de Saúde (SUS), o uso de medicamento com custo de R$ 7 milhões para o tratamento de crianças com Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1. O medicamento Zolgensma, considerado um dos mais caros do mundo, será ofertado por meio de um inédito Acordo de Compartilhamento de Risco, garantindo que o pagamento seja atrelado aos resultados alcançados pelos pacientes. O Piauí será um dos 18 estados beneficiados que já possui referência para realização da terapia gênica.

A AME é uma doença rara e degenerativa, que afeta cerca de 287 crianças por ano no Brasil, conforme dados do IBGE. O Zolgensma é a primeira terapia gênica incorporada ao SUS para pacientes de até seis meses de idade, desde que não estejam em ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas diárias. Para garantir a sustentabilidade do SUS, o Ministério negociou diretamente com a farmacêutica Novartis o menor preço registrado mundialmente, reduzindo significativamente os custos de um tratamento cujo valor gira em torno de R$ 7 milhões por dose.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância do avanço: “Pela primeira vez, o SUS vai oferecer essa terapia gênica inovadora. Com isso, o Brasil se junta a um seleto grupo de seis países que disponibilizam esse medicamento na rede pública. Esse acordo transformará a vida de muitas crianças e suas famílias”. Antes da incorporação do Zolgensma, a expectativa de vida de crianças com AME tipo 1 era extremamente reduzida, com alta probabilidade de morte antes dos dois anos.

A implantação do tratamento no SUS ocorrerá em 28 serviços de referência distribuídos em 18 estados, incluindo o Piauí. Os pacientes serão acompanhados por um comitê especializado que monitorará a evolução da terapia pelos próximos cinco anos. O pagamento será feito de maneira escalonada, baseado na evolução motora da criança, sendo suspenso caso haja óbito ou agravamento da doença.

O SUS já oferecia dois medicamentos para AME tipo 1 e 2, o nusinersena e o risdiplam, de uso contínuo. Com a chegada do Zolgensma, a rede pública passa a disponibilizar todas as terapias modificadoras da doença, permitindo ganhos motores expressivos, como a capacidade de engolir, sentar sem apoio e controlar a cabeça.

Fonte: Portal O Dia

Comentários