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Piauí reduz mortes por hepatite B em mais de 55%
m nível nacional, a redução foi de 50%
Por Dulina Fernandes
Publicado em 14/07/2025 13:37
Piaui
Foto: Reprodução/Cidade Verde

 

 

 

Entre 2014 e 2024, o Piauí reduziu em 55,6% os óbitos por hepatite B, caindo de nove para quatro mortes no período, segundo o novo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais. As mortes por hepatite C também apresentaram queda de 25%, passando de 12 para nove.

Apesar dos avanços, o Ministério da Saúde alerta para a necessidade de ampliar a testagem e a adesão ao tratamento, especialmente nos casos de hepatite B.

“O Brasil conta com o maior e mais abrangente sistema público de vacinação, que garante a oferta de terapias e testagem. Desde a implementação dos testes rápidos no SUS, avançamos no enfrentamento das hepatites virais. É importante reforçar: temos vacinas, testes e orientações claras disponíveis. Por isso, quero chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Em nível nacional, o Brasil reduziu em 50% os óbitos por hepatite B entre 2014 e 2024, com um coeficiente de 0,1 morte por 100 mil habitantes. Para a hepatite C, a queda foi ainda maior: 60%, com coeficiente de 0,4. Esses avanços colocam o país mais próximo da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê a redução de 65% nas mortes por hepatites B e C até 2030.

Entre crianças menores de 10 anos, os casos de hepatite A caíram 99,9% no período. Também houve redução na transmissão vertical da hepatite B, com queda de 55% na detecção em gestantes e 38% nos casos em menores de cinco anos.

Em 2024, foram registrados no Brasil 11.166 casos de hepatite B e 19.343 de hepatite C.

Novo painel de monitoramento 

O Ministério da Saúde lançou uma plataforma inédita que permite acompanhar o número de pessoas diagnosticadas com hepatites B e C, quantas iniciaram o tratamento e o tempo médio de cuidado. O modelo se inspira na estratégia de enfrentamento ao HIV e visa melhorar o planejamento das ações em cada território.

Dados de 2024 apontam que 115,3 mil pessoas foram indicadas para tratamento contra a hepatite B no país, com 58,8 mil iniciando o acompanhamento e 14,8 mil abandonando o tratamento. No Piauí, 319 pessoas foram indicadas e 173 iniciaram o acompanhamento.

Para a hepatite C, 12,5 mil brasileiros receberam indicação para tratamento e 9,1 mil iniciaram o cuidado. No Piauí, 66 pessoas foram indicadas e 56 começaram o tratamento.

O objetivo do Ministério é dobrar o número de pacientes em tratamento para hepatite B, alcançando a meta da OMS de 80% de cobertura. A ferramenta também permitirá que gestores estaduais e municipais monitorem o cumprimento de metas e planejem estratégias mais eficazes.

Ações de combate 

Em 2025, o Ministério da Saúde vai ampliar a vacinação contra a hepatite A, incluindo novas faixas etárias. A vacina foi incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014, desde então os casos da doença caíram de 6.261 em 2013 para 437 em 2021 — uma redução de 93%.

Além disso, foi lançado o Guia de Eliminação das Hepatites Virais, que orienta estados e municípios sobre ações de prevenção e tratamento.

Outra iniciativa é a campanha nacional “Um teste pode mudar tudo” que incentiva a testagem para hepatites, especialmente entre pessoas com mais de 20 anos. Os exames são gratuitos no SUS e podem ser feitos com testes rápidos ou laboratoriais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

O tratamento da hepatite B inclui medicamentos como alfapeginterferona, tenofovir desoproxila (TDF), entecavir e tenofovir alafenamida (TAF). Já a hepatite C é tratada com antivirais de ação direta (DAA), com taxa de cura superior a 95%.

A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção. Outras formas de prevenção incluem o uso de preservativos, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos que possam ter contato com sangue. O SUS oferece gratuitamente vacinas, testes e rápido preservativos em todo o país.

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