Foto arquivo Cidadeverde.com
Verificar rótulos de bebidas, como registrar casos e tipificação do crime são alguns dos pontos que serão definidos no protocolo contra intoxicação por metanol no Piauí. O objetivo é evitar mortes de pacientes, orientar os profissionais no atendimento e fiscalização.
Ontem, técnicos da Saúde do Piauí, Vigilância Sanitária e Segurança fecharam um protocolo, no entanto, a Anvisa e o Ministério da Saúde mudaram regras e o protocolo do Piauí terá que ser alterado, levando em conta as orientações nacionais.
No Piauí, há três casos suspeitos de intoxicação por metanol, em Teresina e Parnaíba. No País, há 17 casos confirmados.
A diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Tatiana Chaves, informou que órgãos governamentais e entidades de saúde e segurança do consumidor emitiram orientações para identificar e evitar a compra de bebidas falsificadas contendo metanol.
Os sinais de alerta incluem preços muito baixos, lacres violados ou tortos, rótulos de má qualidade com erros ortográficos, ausência de informações obrigatórias (como CNPJ, lote, teor alcoólico e registro MAPA), e embalagens com rebarbas.
A Anvisa alerta que o metanol não altera o sabor, cor ou cheiro da bebida, e em caso de suspeita, o consumidor deve contatar o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001).
“Já houve a tipificação legal de crime contra a saúde pública e que os estabelecimentos devem registrar no sistema estadual e nacional”, disse Tatiana Chaves.
Ela informou que hoje, o Ministério da Saúde deverá divulgar uma nova nota técnica para os profissionais de saúde.
Sinais de alerta no rótulo e embalagem:
Qualidade da impressão: Rótulos com impressão de baixa qualidade, borrados ou com erros de grafia devem ser desconfiados.
Ausência de informações: Falta de CNPJ do fabricante, lote, data de validade e teor alcoólico.
Selo do IPI: Em bebidas destiladas, o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) deve estar presente, indicando que a bebida passou pela fiscalização oficial.
Selo do MAPA: A ausência do registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no rótulo é um ponto de atenção.
Lacre: Lacres violados, tortos ou que apresentem sinais de terem sido remendados são um forte indicador de falsificação.
Dicas para o consumidor:
Local de compra: Dê preferência a estabelecimentos regulares e confiáveis.
Preço: Desconfie de preços muito abaixo do mercado, pois podem indicar adulteração.
Verifique a embalagem: Observe se a garrafa tem rebarbas ou aspecto grosseiro e se o líquido está turvo ou com resíduos.
Não faça testes caseiros: O metanol é incolor e inodoro, e testes caseiros podem ser perigosos e ineficazes.
O que fazer em caso de suspeita:
Busque ajuda médica: Em caso de intoxicação, procure atendimento médico imediatamente.
Contate o Disque-Intoxicação: Ligue para 0800 722 6001 (Anvisa) para orientação especializada.
Acione as autoridades: Notifique a Vigilância Sanitária local, o Procon e a Sala de Situação.
Comunique o fornecedor: Caso seja um estabelecimento comercial, interrompa a venda do lote suspeito e preserve as embalagens como evidência.