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Entenda o que é a taxa “Permit” que será cobrada nas corridas de rua do PI
Por Dulina Fernandes
Publicado em 29/12/2025 21:19
Piaui

A cobrança da taxa chamada “Permit”, anunciada pela Federação Piauiense de Atletismo (FPI) para as corridas de rua a partir de janeiro de 2026, virou motivo de polêmica no Piauí. Nas redes sociais, atletas e organizadores reclamam do valor, considerado alto, enquanto a federação afirma que a medida é legal, obrigatória e necessária para garantir segurança e organização nas provas.

A taxa poderá variar de R$ 750 a R$ 4.500, dependendo do número de participantes. Quanto maior a corrida, maior o valor cobrado pelo Permit. A Cidade Verde traz um resumo do que está sendo apontado pelos organizadores, assim como a explicação da federação sobre o que é a cobrança e quais os benefícios para quem paga.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O que é o Permit?

O Permit é uma autorização oficial para que uma corrida de rua possa acontecer de maneira regular. Sem ele, a prova não é reconhecida pela federação nem pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

“O Permit é um documento que emitimos de autorização para que uma corrida de rua aconteça. O Permit, ele sempre foi obrigatório. O que aconteceu foi que, durante um período a Federação Piauiense não atuou da forma que deveria atuar quanto a essa fiscalização e aplicação das normas. Inclusive, passou mais de três anos inativa. Foi quando a gente assumiu essa nova gestão. E agora, essa nova gestão retoma suas atividades de forma responsável, principalmente legal e alinhada às normas. Passando a cumprir e fazer cumprir todas as exigências previstas, incluindo a obrigatoriedade do Permit”, explicou a presidente da FPI, Maria da Paz.

Por que a taxa começou a ser cobrada agora?

A Federação do estado foi reativada recentemente após um período de inatividade. Com isso, voltou a fiscalizar e aplicar as regras que já existem no atletismo brasileiro.

“As pessoas estão reagindo a essa volta da federação como um afronto. Só que é uma coisa que não era para ser surpresa, principalmente para os organizadores de rua”, disse a presidente.

Ela explica que o atletismo vai além da corrida de rua e envolve pista, campo e outras modalidades, todas reguladas por regras técnicas.

Por que organizadores e atletas reclamam?

Organizadores afirmam que fazer corrida custa caro e que a nova taxa pode acabar sendo repassada para os atletas, deixando as inscrições ainda mais caras. Muitos corredores, principalmente os que correm por lazer ou saúde, dizem não ver retorno imediato da cobrança.

Segurança e organização

Um dos principais argumentos da federação é a segurança dos atletas. Segundo a presidente, já houve situações graves em corridas realizadas sem fiscalização.

“Tivemos uma corrida aqui em Teresina, onde levamos uma equipe da Federação Piauiense para estar fazendo fiscalização. Chegando lá, tivemos algumas situações como, por exemplo, as vias não foram fechadas e dois atletas iam sendo atropelados por um carro. Na mesma via que, ao mesmo tempo, estava acontecendo corrida, estava passando moto, estava passando carro, estava passando ônibus. E a federação vai servir para estar dando essas complementações, que no caso a gente vai ser parceiros dos organizadores. E não simplesmente cobrar uma taxa e não mostrar serviço”, relatou.

O que a lei diz

Código de Trânsito Brasileiro desde 1997, através da Lei 9.503/97, especificamente em seu artigo 67 determina que competições esportivas em vias públicas precisam de autorização do poder público e da federação da modalidade, seja ela atletismo, ciclismo, triatlon.

Para onde vai o dinheiro do Permit?

Segundo a entidade, o valor arrecadado será usado para beneficiar o atletismo piauiense, como compra de materiais, formação de árbitros, realização de competições e apoio a atletas em viagens e eventos. Um dos exemplos citados é o do atleta Jean Cláudio, de Campo Maior, que começou em corridas de pista e hoje compete no atletismo federado. Ele vai representar o Piauí na maior corrida de rua do país, a São Silvestre, em São Paulo. 

Será sua primeira participação na prova, e Jean vai largar no pelotão Elite B.

“Tivemos condições de ajudar o Jean com uma pequena quantia. Se a federação já tivesse estrutura antes, talvez ele não precisasse passar por tantas dificuldades para representar o Piauí”, explicou a presidente.

Além disso, a entidade explica que o Permit envolve:

  • reconhecimento oficial do evento;
  • controle técnico e arbitragem;
  • homologação dos resultados;
  • padronização da prova;
  • inserção da corrida no calendário oficial do atletismo.

Foto: reprodução/redes sociais

Para tentar diminuir a tensão, a FPI e organizadores de corridas de rua, irão se reunir no dia 08 de janeiro, com o objetivo de explicar as normas, beneficios e suporte da entidade através do Permit.

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