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Promotor denuncia PMs por homicídio, tentativa de homicídio e fraude
Polícia
Publicado em 13/01/2018

Cabo e ex-soldado da PM tiveram suas condutas individualizadas. Soldado foi exonerado da corporação e vai responder pelos crimes como civil.

 

O promotor de justiça Régis Marinho ofereceu nessa sexta-feira (13) à Vara do Tribunal do Júri a denúncia contra o ex-soldado Aldo Luís Barbosa Dornel e o cabo Francisco Venício Alves. Segundo ele, a denúncia foi baseada no inquérito produzido pela Delegacia de Homicídios. O delegado Francisco Costa, o Barêtta, informou que as condutas foram devidamente individualizadas.

 

Segundo a denúncia, o ex-soldado, exonerado pelo governador Wellington Dias na quinta-feira (11), vai responder por homicídio duplamente qualificado, quatro tentativas de homicídio duplamente qualificado e fraude processual. As qualificadoras consistem na impossibilidade de defesa das vítimas e geração de perigo comum na ação, devido aos vários disparos.

 

Carro da família sofreu diversos dispartos de arma de fogo. (Foto: Piauí TV 1º Edição)

 

A denúncia destaca ainda possibilidade de aumento da pena porque a vítima do homicídio, Emilly Caetano, tinha apenas 9 anos. As vítimas das tentativas de homicídio são as irmãs da menina, uma de 8 anos e outra de 8 meses e os pais, Evandro Costa, baleado na cabeça e que teve sua audição comprometida, e a mãe, Dayanne Caetano, baleada no braço.

 

Já o cabo Francisco Venício responderá apenas por fraude processual. "Precisamente no tangente ao recolhimento dos estojos e projéteis de arma de fogo da cena do crime e do movimento da viatura da PM-PI, modificando o cenário antes da chegada dos peritos criminais, visando produzir efeitos em processo penal", explica a denúncia.

 

Entenda o Caso

 

O cantor Evandro Costa e a família saíram de casa para comprar açaí para uma das filhas e teve o carro perseguido pela Polícia Militar, no dia 25 de dezembro de 2017. De acordo com delegado Francisco Costa, o Barêtta, a família recebeu ordem de parada e teve o carro atingindo por cincos disparos efetuados pelo ex-soldado Aldo Dornel na avenida João XXIII.

 

Crime aconteceu na avenida João XXIII, Zona Leste de Teresina (Foto: Reprodução/Tv Clube)

 

Aldo Dornel está preso no Presídio Militar desde o dia 26 de dezembro quando foi apontado como autor dos disparos que além de matar a menina Emilly também atingiu os pai da criança. A mãe da menina, a dona de casa Dayanne Caetano, levou um tiro no braço, e o pai, o cantor Evandro Costa, foi atingido na cabeça e perdeu a audição do ouvido esquerdo. A menina Emilly foi atingida pelas costas e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

 

Em 2010, quando ingressava na Polícia Militar, o soldado reprovou no exame psicotécnico. O exame apontou que o soldado tinha deficiências de controle emocional, ansiedade, impulsividade e disciplina. Uma liminar garantiu que Aldo e mais cinco reprovados conseguissem entrar na PM.

 

Pai da menina Emile Caetano perdeu 100% da audição do ouvido esquerdo. (Foto: Piauí TV 1º Edição)

 

A liminar foi revogada seis anos mais tarde pelo juiz Rodrigo Alaggio Ribeiro, mas o PM continuou trabalhando. O comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto Gomes disse que a instituição ainda não havia sido notificada. Após recebido da suspensão da liminar, ele foi exonerado com outros quatro PMs.

 

O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios, que concluiu o inquérito policial e o encaminhou para a Vara de Inquéritos do Tribunal de Justiça. Um Inquérito Policial Militar também foi aberto no âmbito da corporação e ainda não foi concluído.

 

Fonte: https://g1.globo.com

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