O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), o desembargador José Ribamar Oliveira, afirmou na sexta-feira (25), que o motivo dos entraves para a conclusão do concurso dos cartórios, que já se arrasta há nove anos, são as recorrentes judicializações feitas pelos próprios candidatos ao certame.
A declaração foi dada pelo desembargador ao comentar sobre a decisão do TJ-PI de recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para garantir a conclusão do concurso dos cartórios no Piauí.
“O CNJ se preocupa com esse detalhe, mas pouco pode ser feito enquanto os próprios candidatos não pararem de judicializar os próprios resultados dos próprios julgamentos que estão nos tribunais superiores em Brasília. Não é aqui no Piauí. Estamos esperando os julgamentos que vierem de lá e teremos apenas que cumprir”, avaliou José Ribamar Oliveira.
A manifestação do TJ-PI de deu após a banca organizadora, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), solicitar um prazo de de três a cinco meses para dar andamento ao certame.
Ainda nesta semana, a defesa dos candidatos aprovados no concurso também acionou o CNJ, solicitando a publicação do resultado da etapa de títulos e do resultado final do concurso, em prazo não superior a 60 dias.
O concurso dos cartórios ocorreu no ano de 2013. No total, os candidatos concorreram a 239 vagas para unidades extrajudiciais do Tribunal de Justiça do Piauí. A seleção teve 1.756 inscritos de todo o país, entre juízes e procuradores aposentados.
Paula Sampaio
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