O senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da comissão de Educação no Senado, foi um dos 31 assinantes do requerimento – quatro a mais do que o mínimo necessário, que são 27 – de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI do MEC, para investigar a fundo as suspeitas de uso criminoso dos recursos públicos da educação brasileira.

O requerimento protocolado com 31 assinaturas foi anunciado no início da tarde desta terça-feira (28) pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado.

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são alvos de investigações pela Polícia Federal acusados de formarem “gabinete paralelo” dentro do Ministério da Educação e desviarem verbas.

“Assinei agora o requerimento para a abertura da CPI do MEC. É preciso investigar a fundo as suspeitas de uso criminoso dos recursos públicos da educação brasileira”, afirmou Marcelo Castro no Twitter.

Marcelo Castro disse ainda que o mandado de prisão preventiva pela Polícia Federal contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, evidencia as suspeitas de uso criminoso dos recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), como vem apurando a Comissão de Educação do Senado.

“É urgente que se faça uma intervenção no FNDE para que se apure os contratos feitos na gestão de Milton Ribeiro, em que recursos públicos eram direcionados, sem nenhum critério técnico e com viés político. O que temos visto é um descalabro na administração pública”.

O presidente da comissão de Educação no Senado já havia se manifestado a favor da criação de uma CPI para apurar suspeitas de corrupção no Ministério da Educação (MEC).

Durante entrevista no início da tarde desta terça (28) Randolfe disse ainda que a investigação em curso conduzida pela Polícia Federal, pelo delegado Bruno Calandrini, e o Ministério Público Federal está sob ameaça de intervenção pelo presidente Jair Bolsonaro para impedir o avanço.

Outro questionamento de Randolfe é que, at´´e o dia de hoje não houve respostas sobre apreensão do telefone celular do ex-ministro, Milton Ribeiro.

O senador líder da oposição acrescentou ainda que está sendo organizada uma ação de substituição do delegado Calandrini da condução das investigações.