Segundo o presidente do TSE, a Justiça Eleitoral e seu representantes são “atacados com uso de má fé” e criticou o “envolvimento da política internacional”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edson Fachin disse que “é hora de dizer basta” aos ataques feitos ao processo eleitoral brasileiro e ao sistema das urnas eletrônicas. Ele discursou no lançamento da campanha de Enfrentamento à desinformação pela seccional do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil.
Segundo o presidente do TSE, a Justiça Eleitoral e seu representantes são “atacados com uso de má fé” e criticou o “envolvimento da política internacional”.
“Mais uma vez a Justiça Eleitoral e seus representantes máximos, são atacados com acusações de fraude, ou seja, uso de má fé. Ainda mais grave, é o envolvimento da política internacional e também das Forças Armadas, cujo relevante papel constitucional a ninguém cabe negar como instituições nacionais, regulares e permanentes do Estado, e não de um governo. É hora de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário que coloca em xeque a Constituição de 1988”, disse o ministro.
Ele ainda afirmou, sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, que uma personalidade importante vem tendo um “inaceitável negacionismo eleitoral” e considerou como “muito grave” as acusações de fraude no processo eleitoral de 2018.
“Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro de um país democrático, e é muito grave a acusação de fraude a uma instituição, mais uma vez, sem apresentar provas. As entidades representativas como a OAB e a própria sociedade civil precisam fazer sua parte na garantia de que a democracia seja preservada”, relatou.
Fachin ainda disse que é preciso “a união da sociedade no combate ao negacionismo”: “É importante a sociedade civil e o cidadão entenderem que esse tipo de desinformação, como a de hoje, pode continuar, uma vez que ao negacionismo não interessa as provas incontestes e os fatos. Portanto, precisamos nos unir e não aceitar sem questionarmos a razão de tanto ataque.”
Fonte: CNN Brasil