Frutas, verduras e legumes, são alimentos indispensáveis no prato da família brasileira. Na feira livre de Picos estes itens tiveram um aumento considerável no preço e os feirantes comentam sobre as dificuldades.

Alguns produtos, como a melancia e acerola o aumento foi de 70%. A situação tem diminuído a procura e consequentemente as vendas.

O feirante, Antônio José Damasceno, é natural de Sussuapara e todos os dias se dirige para a feira de Picos onde comercializa frutas e verduras. Ele explica que o cenário atual tem feito muitos abandonarem o comércio popular.

“Há 28 anos eu acho que nunca vi preço nas frutas, verduras e legumes, igual tá aqui na feira. Tem muita gente que trabalhava com verdura que até já desistiu devido as dificuldades. Eu acho que esse aumento todo não é só produção, mas também por conta do petróleo que tá descontrolado”, comenta o feirante.

Antônio José ainda acrescenta que boa parte dos produtos comercializados são importados da Bahia. O reajuste atingiu diretamente o bolso do consumidor que passou a comprar menos produtos. 

“As verduras quando chegam aqui da Bahia já vem com os preços lá em cima. Os consumidores estão reclamando demais, posso dizer que 90% da clientela. Tinha cliente que fazia compra semanalmente e hoje passa 15 dias. Eu trabalho na roça e vendo aqui os produtos, para amenizar os prejuízos do que compro fora vou colocando meus produtos”, disse.

Um dos grandes importadores da Bahia, o feirante Mauro Cleber de Sousa, também relata que foi preciso adotar estratégias para atrair os clientes.

“Estamos tendo uma grande oscilação nos preços das frutas e verduras. Tem feira que diminui e outras aumenta o dobro, fica ruim pra gente trabalhar. A melancia aumentou bastante, cerca de 70%, acerola. Daí quem comprava uma melancia inteira, passou a comprar meia fatia. Pra atrair os clientes, estamos diminuindo a margem de lucro para manter ativa a venda de produtos”, destacou.

A feira livre de Picos é uma das importantes áreas do comércio popular da cidade. Cerca de dezenas de feirantes atuam no segmento que movimenta a economia local.

Fonte: Cidade Verde