PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
PUBLICIDADE
ARMAZÉM PARAIBA
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Agressor está dentro de casa, alerta delegado sobre enfrentamento de violência contra mulher
Polícia
Publicado em 14/12/2022

O delegado João Marcelo não tem dúvida sobre onde está o principal agressor das mulheres. Para o delegado, o agressor está dentro de casa e é motivado por ciúmes ou negação frente ao fim do relacionamento. A declaração foi dada no workshop “E nós homens, por que nos engajamos no enfrentamento à violência contra a mulher?”, realizado no auditório da ATI, zona Sul de Teresina.

“A luta da violência contra a mulher é uma luta de todos. Nós homens somos seus principais agressores. Então, é importante que a gente se conscientize dessa luta. Como estamos tratando nossas companheiras, mães?”, questionou o delegado.

Segundo a Secretaria de Segurança do Piauí, só de janeiro a setembro de 2022 já foram contabilizados 4.461 ocorrências de todos os tipos de violência nas Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres. Nesse período, foram 21 feminicídios no estado.

O perfil das vítimas, segundo o delegado, são jovens negras com idade entre 20 e 40 anos. Em Teresina, a maioria delas foi morta por arma de fogo, já no interior, a maioria é morta com arma branca.

“Observamos que em Teresina são [homicídios] com arma de fogo e vem crescendo. Diferente do resto do estado. É preciso estar dialogando com as autoridades e discutindo o acesso dessa arma de fogo pelos homens”, analisou o delegado.

Motivação

Ainda segundo o delegado João Marcelo, o número de homicídios contra mulheres vem crescendo nos últimos anos no Piauí. Entretanto, o número de feminicídios vem diminuindo.

“Os companheiros não aceitam o fim do relacionamento e há também a questão do ciúme. Mas sua grande maioria de casos é porque os homens objetificam a mulher. O homem que vê uma mulher como objeto e sua propriedade, que vai muito do machismo estrutural”, destacou o delegado.

Já a coordenadora da Coordenadoria de Estado de Políticas para as Mulheres, Zenaide Lustosa, disse que é preciso ter um olhar diverso e plural na luta contra a violência contra a mulher.

“É um desafio. Não só trabalhar as políticas, mas chegar a essas mulheres para que saiam desse ciclo de violência antes que cheguem a ser mortas”, frisou Zenaide Lustosa.

Nataniel Lima
redacao@cidadeverde.com

Comentários