Embarcações que pararam no fundo do mar ao longo de séculos de navegação no país são encontradas do litoral norte ao sul
O incidente com o submarino da OceanGate, em visita aos destroços do Titanic no Atlântico Norte, terminou com a morte dos cinco ocupantes da embarcação. A grande repercussão internacional do caso trouxe foco para o turismo de naufrágio, que também pode ser praticado no Brasil. Aqui, porém, não há submarinos para os passeios, que são feitos com equipamentos de mergulho e em profundidades muito menores do que aquela em que se encontra o Titanic. Conheça quatro museus subaquáticos que são atração no Brasil
Atlantes Guarapari/ES via Ministério do Turismo
Navio Aymoré
Construído na Grã-Bretanha em 1883, o navio Aymoré era um dos principais barcos a vapor na costa do Brasil. Entretanto, em 23 de julho de 1920, toda a imponência da embarcação não foi suficiente para superar as fortes ondas e o denso nevoeiro próximo ao canal de São Sebastião.
Mais de cem anos depois, o Aymoré ganhou um novo significado ao se tornar o habitat de diversas espécies marinhas e uma espécie de museu em Ilhabela, no litoral de São Paulo, com o fato especial de estar a 11 m de profundidade
Kauê Senger via Ministério do Turismo
Transatlântico Velasquez
O navio britânico Velasquez, construído em 1905, transportava passageiros e importantes cargas entre a Europa e as Américas. Porém, em 16 de outubro de 1908, a combinação entre neblina, chuva e fortes ondas fez com que o capitão da embarcação atingisse as rochas da Ponta da Sela, também em Ilhabela.
O Velasquez nunca conseguiu completar sua viagem até Liverpool, mas até hoje pode ser visitado por turistas brasileiros e estrangeiros. O transatlântico está a apenas 8 m de profundidade e pouco mais de 5 m de distância da ilha
Kauê Senger via Ministério do Turismo
Navio Bellucia
No litoral de Guarapari, no Espírito Santo, mergulhadores podem encontrar o navio cargueiro Bellucia. A embarcação naufragou após colidir com a ilha da Escalvada, em 1903. A 20 m de profundidade, a proa e a popa do navio estão a 150 m de distância, mas se encontram em bom estado de preservação
Atlantes Guarapari/ES via Ministério do Turismo
Rebocador Servemar X
Não são só as embarcações que naufragaram em acidentes atraem visitantes. Perto da praia de Boa Viagem, no Recife, o rebocador Servemar X foi propositalmente afundado para atrair o turismo de mergulho.
Perto do Servemar X, outros dois rebocadores (Lupus e Minuano) também podem ser visitados pelos curiosos que toparem descer 30 m em direção ao fundo do mar
Projeto Mar via Ministério do Turismo
Segundo o Ministério do Turismo, para realizar mergulhos de até 18 m de profundidade é preciso
fazer um curso básico para a atividade, no qual se aprendem procedimentos de segurança e o funcionamento dos equipamentos de respiração autônoma
Agência Brasil/Arquivo - 16.7.2019
Com o curso avançado, é possível mergulhos de até 40 m de profundidade, nos quais os alunos também vão aprender os fundamentos para a atividade à noite
Reprodução/Prefeitura de Ilhabela
Aos curiosos que desejam entrar nos barcos naufragados, o Ministério do Turismo afirma que é necessário fazer um curso de mergulho específico para esse tipo de atividade