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CPMI do 8 de Janeiro pede ao STF que não libere Mauro Cid de depoimento
Polícia
Publicado em 24/06/2023

CPMI quer depoimento de Cid como investigado e testemunha

DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO 

 

 

Presidente da comissão, Arthur Maia disse que o ex-ajudante de Bolsonaro comparecerá como investigado e como testemunha

 

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), solicitou neste sábado (24) que o Supremo Tribunal Federal (STF) não libere Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, de comparecer ao colegiado para prestar depoimento. A defesa de Cid tinha pedido que ele não fosse obrigado a depor. 

Em uma publicação nas redes sociais, Maia afirmou que Cid "comparecerá [à comissão] como investigado, referente aos fatos em que exista acusação contra ele, e como testemunha nos demais". Na condição de testemunha, o depoente é obrigado a comparecer e dizer a verdade.

"Contudo, quanto aos fatos que o envolvam direta ou indiretamente, admite-se a invocação do direito ao silêncio ou o afastamento do dever de dizer a verdade. Nesse caso, o direito à não autoincriminação será garantido pela possibilidade do seu silêncio, não havendo jamais a possibilidade de falta", ressaltou Maia.

A declaração ocorreu após a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter dado 24 horas à comissão para explicar se Cid seria ouvido na condição de testemunha ou de investigado.

 

Pedido de anulação da obrigatoriedade de comparecimento

convocação de Cid foi aprovada pelos integrantes da comissão em 13 de junho. Três dias depois, a defesa dele apresentou ao STF um habeas corpus em que pedia a anulação da obrigatoriedade do comparecimento dele na CPMI. 

Segundo a defesa, se for obrigatório o comparecimento, que seja assegurado a Cid o direito ao silêncio, ou seja, de não responder às perguntas que lhe forem direcionadas, além do direito de não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade e o de não sofrer constrangimentos físicos, morais nem psicológicos decorrentes do exercício dos direitos anteriores.

A defesa afirmou que Cid estaria obrigado a depor em uma comissão sobre elementos de prova que sua defesa técnica desconhece em absoluto.

Prisão

Mauro Cid está preso desde 3 de maio, após uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto esquema de fraudes em cartões de vacinação contra a Covid-19 que envolvem dados do ex-presidente Jair Bolsonaro e familiares.

 

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