A investigação policial sobre a prisão de dois empresários e um casal de professores da rede particular de ensino de Teresina apontou que há pelo menos um ano o grupo realizava fraudes com cartão de crédito. O delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Humberto Mácola, destacou que os suspeitos também aproveitaram os descontos do período de Black Friday para cometer o crime.
“Tivemos carros apreendidos também, e isso é um reflexo do acompanhamento da DRCI em relação à Black Friday. Eles fizeram uma festa no Black Friday utilizando cartões fraudulentos, atividades fraudulentas e operações fraudulentas”, disse.
Segundo o delegado Humberto Mácola, um dos empresários era cunhado do casal de professores. O grupo costumava comprar televisões e aparelhos eletrônicos e depois contestavam a compra.
Os suspeitos estão sendo ouvidos neste momento, e as equipes policiais continuam em diligências apurando a participação de outras pessoas no crime.
Matéria original
A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) deflagrou, na manhã desta terça-feira (12), a operação E-Fraude com o objetivo de reprimir fraudes eletrônicas com cartão de crédito. Ao todo, quatro pessoas foram presas, sendo dois empresários e um casal de professores da rede particular de ensino de Teresina, suspeitos de causar um prejuízo de quase R$ 180 mil a estabelecimentos comerciais.
De acordo com a Polícia Civil, os investigados obtiveram vantagem ilícita por meio fraudulento de contestação das transações de pagamento em estabelecimentos comerciais. A ação também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão domiciliar.
“Quatro prisões, buscas e apreensões também, muito material encontrado. Eles utilizavam de maquinetas próprias, faziam a compra em plataformas de marketplace e estornavam esse valor, dando prejuízo a essas empresas, prejuízo chegando a aproximadamente R$ 200 mil reais”, destacou o delegado titular da DRCI, Humberto Mácola.
Das prisões, três ocorreram no bairro Mocambinho, na zona Norte de Teresina, e uma no bairro Gurupi, zona Sudeste.
A ação faz parte de uma mobilização do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por intermédio do Laboratório de Operações Cibernéticas - CIBERLAB (DIOPI/SENASP), para repressão ao crime de estelionato eletrônico.
“Eles fraudavam principalmente as empresas de marketplace, mais precisamente Mercado Livre, Amazon, eles faziam essas compras, utilizavam uma compra fraudulenta, depois estornavam o valor, dando prejuízo à empresa. Nós recebemos essa informação do Ministério da Justiça, das empresas também e a DRCI deflagrou essa operação”, acrescentou Humberto Mácola.
Durante as investigações, foram apurados indícios de crimes, tais como os de estelionato qualificado (Fraude Eletrônica - art. 171, §2º-A) e associação criminosa (art. 288), cujas penas são de reclusão e podem atingir até 11 anos de prisão.
Operação E-Fraude
O termo da operação faz referência à repressão de fraudes eletrônicas praticadas com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiros induzidos a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.