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Papa Francisco: entenda como funcionam os sepultamentos tardios
Por Dulina Fernandes
Publicado em 24/04/2025 10:58
Geral

 

 

Vai até sábado (26), em Roma, a cerimônia de velório do Papa Francisco. Historicamente, rituais de despedida de grandes personalidades e líderes, geram grande comoção e mobilização, precisando de mais tempo para que as homenagens sejam realizadas e cumpridos todos os protocolos. Entre exemplos marcantes tivemos recentemente a Rainha Elizabeth II, que faleceu em 2022, cuja cerimônia de despedida durou 10 dias.

No caso do Papa Francisco, serão ao todo três dias de exposição em caixão aberto, o que exigiu uma preparação especial do corpo do pontífice, começando pelo seu embalsamamento imediato. A técnica é muito utilizada em sepultamentos tardios e levanta curiosidades de como é possível prolongar as homenagens sem gerar nenhum tipo de desconforto àqueles que vão dizer o último adeus.

Veja aqui algumas curiosidades sobre esse processo:

Embalsamamento x Tanatopraxia: São técnicas distintas, que variam tanto nos materiais utilizados quanto no tempo de conservação do corpo antes do sepultamento. O embalsamamento, usado no caso do Papa, permite que o corpo demore mais para iniciar o processo de decomposição e evita liberação de gases e odores. Junto com a técnica de resfriamento, ele pode conservar um corpo por até 30 dias. Já tanatopraxia é indicada para prazos de até 48 horas. Trata-se do método mais utilizado no Brasil, onde culturalmente o sepultamento ocorre em um período mais curto.

Passo a passo: A preparação do pontífice demandou cerca de 10 litros de fluido conservante – uma mistura de formol, álcool, água e corantes. O embalsamamento é feito em três etapas, que consiste na retirada de todo o sangue, seguido por um processo de limpeza e dissecação, e por último a aplicação do fluido nas veias. A quantidade de conservante leva em consideração fatores como peso, altura e o tempo de exposição do corpo antes do sepultamento. A causa da morte também pode ser um fator de decisão e que exige técnicas específicas durante a preparação, como massagem nas pontas dos dedos, para evitar coágulos visíveis.

Necromaquiagem: Aliada à tanatopraxia ou embalsamamento, essa técnica contribui para manter a aparência natural e serena do falecido. Cuida da cor e textura da pele, cobrindo possíveis coágulos ou hematomas, além de unhas e cabelos, inclusive lidando com a possibilidade de quedas repentinas dos fios após o falecimento e proporcionando uma aparência mais próxima da pessoa em vida.

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