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Hospital erra e aplica antídoto para picada de cobra no lugar de vacina em bebês
Por Dulina Fernandes
Publicado em 16/07/2025 15:14
Piaui

Foto: Freepik

 

Onze recém-nascidos receberam por engano doses de soro antibotrópico, antídoto utilizado em casos de picadas de jararaca, no lugar da vacina contra a hepatite B no Hospital Santa Cruz de Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina. O incidente ocorreu entre os dias 9 e 11 de julho, abrangendo todos os turnos da maternidade.

Segundo a direção do hospital, os bebês receberam 6 ml do antídoto, uma fração da dose usual (30 ml) que seria aplicada em um caso real de envenenamento. A instituição diz que, até o momento, não houve reações adversas graves e que todas as crianças seguem sendo monitoradas.

Quatro bebês foram internados inicialmente como medida preventiva. As famílias foram convocadas para reuniões, receberam orientações detalhadas dos pediatras e foram informadas sobre os procedimentos adotados. No dia seguinte, os pais dos outros sete recém-nascidos também foram chamados para esclarecimentos e exames clínicos. Todos os bebês foram considerados estáveis, com apenas reações leves ou nenhuma manifestação.

A direção do hospital destaca que o erro teria ocorrido porque os frascos de soro antibotrópico estavam armazenados na mesma geladeira que as vacinas de rotina, em prateleiras separadas, conforme autorizado pela vigilância sanitária. Uma falha de atenção teria levado à troca.

O hospital também confirmou a abertura de um inquérito interno para apurar o ocorrido e afirmou que todas as famílias estão sendo acompanhadas. Diariamente, a equipe médica mantém contato com os responsáveis, fornecendo informações e orientações. Foi entregue a cada família um termo do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), que descreve as possíveis reações e descarta a possibilidade de efeitos graves.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas informou que foi comunicada do incidente apenas na segunda-feira (14), pela Regional de Saúde de Mafra. Reforçou que a responsabilidade pela aplicação é da equipe do hospital, já que o erro ocorreu dentro da maternidade. A Vigilância Epidemiológica municipal está agora encarregada do monitoramento dos bebês, garantindo apoio técnico às famílias.

A direção do hospital reforça que o episódio vem sendo tratado com máxima transparência e cuidado. “É essencial corrigir informações imprecisas que foram divulgadas e geraram preocupação desnecessária. O quadro clínico dos recém-nascidos é estável, e seguimos com todo o suporte necessário às famílias”, afirmou a administração da unidade.

O caso segue em investigação, e novas medidas poderão ser adotadas a partir da conclusão do inquérito e da análise do Conselho e da diretoria do hospital.

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