Foto: Tarcio Cruz/Cidadeverde.com
O ministro do Tribunal de Contas da União, Antônio Anastasia, demonstrou preocupação com o cenário das previdências municipais no estado do Piauí. O magistrado cobrou cuidado dos gestores na condução das contas públicas e disse que a situação dos regimes próprios de previdência é delicada não só no Piauí, mas em todo o país.
Segundo o Tribunal de Contas do Estado, das 224 cidades do estado, 68 municípios, ou 30% das prefeituras, possuem Regimes Próprios de Previdência (RPPS) ativos. Em uma cidade, o RPPS encontra-se em extinção, e dois municípios criaram e depois revogaram o regime.
Anastasia lembrou o período em que governou o estado de Minas Gerais e cobrou atenção dos prefeitos.
“Quando eu era governador de Minas, eu dizia que o déficit público existe desde a Roma antiga. Então, é um dever permanente de todo gestor público ser o mais cuidadoso possível e evitar, é claro, gastar mais do que arrecada”, afirmou.
O ministro salientou a preocupação com a questão previdenciária e disse que o caminho é ter uma gestão técnica.
“A questão previdenciária é, de todas, a mais delicada, porque ela envolve uma questão social muito relevante, que é a manutenção da própria vida, não só dos servidores, mas também dos empregados, de toda a comunidade. A previdência geral, o INSS, também é muito relevante, então é sempre um conflito que existe. Quanto mais técnica for aplicada, quanto mais eficiência for desenvolvida, teremos condições, certamente, de apresentar resultados mais objetivos”, concluiu.