Foto: Secretaria de Simões
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou nesta quinta-feira (3) que subiu para 612 o número de animais mortos após a aplicação da vacina contra clostridiose EXCELL 10 nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará e Sergipe. A causa dos óbitos envolvendo caprinos, ovinos e bovinos ainda está em investigação.
A vacina é de propriedade do laboratório Dechra Brasil Produtos Veterinários Ltda., que teve todos os lotes suspensos pelo Mapa, além da interdição da fabricação do produto.
Segundo o Ministério, os óbitos estão sendo comunicados por produtores à medida que ocorrem. O órgão orienta que as notificações sejam realizadas pelo sistema e-Sisbravet, ferramenta eletrônica destinada ao registro e acompanhamento de suspeitas de doenças e das investigações do Serviço Veterinário Oficial (SVO). As notificações enviadas anteriormente pelo canal FalaBr também serão transferidas para o sistema e-Sisbravet.
A pasta recomenda ainda que os casos sejam registrados junto à própria empresa, por meio dos canais da Dechra Brasil Produtos Veterinários Ltda.: telefone 0800 400 7997, WhatsApp (43) 99135-1168 e e-mail sac.br@dechra.com.
Em comunicado, a Dechra afirmou estar ciente dos relatos de reações adversas em caprinos, ovinos e bovinos após a aplicação da vacina e que acompanha as investigações em conjunto com o Mapa.
“Como precaução, suspendemos as vendas e recolhemos os lotes 016/24 e 018/24”, destacou a empresa.
As primeiras mortes foram notificadas no Piauí, na região do Vale do Itaim. Há também relatos em outros estados, que seguem em análise para verificar a possível correlação com o uso da vacina.
O Ministério reforçou que a causa das mortes ainda não foi confirmada e que segue atuando de forma coordenada com os órgãos estaduais de defesa sanitária para esclarecer os fatos e adotar todas as medidas necessárias à proteção da pecuária nacional.
Apesar da suspensão do produto, o Mapa reiterou que a vacinação contra a clostridiose continua sendo considerada uma das estratégias mais eficazes para prevenir a doença, altamente letal. O órgão destacou ainda que o consumo de produtos de origem caprina, ovina e bovina, provenientes de animais saudáveis e inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial, é seguro.