Foto: Ascom Codevasf

Com 119 municípios em situação de emergência devido à seca e ao agravamento do fenômeno climático, o Piauí enfrenta altas temperaturas e escassez de chuvas na maior parte do ano. Entre os principais impactos estão a falta de água para consumo humano e irrigação agrícola.

Para minimizar os efeitos da estiagem, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) tem investido R$ 200 milhões em obras de curto, médio e longo prazo. Ações incluem a construção de adutoras, barragens e perfuração de poços tubulares.

Três adutoras já foram concluídas nos municípios de Buriti dos Lopes, Dirceu Arcoverde e Vila Nova, beneficiando cerca de 25 mil habitantes com água potável. Outras, em Curimatá e São Raimundo Nonato, estão em fase de conclusão da 1ª etapa das obras.

No setor de barragens, a obra da Barragem de Atalaia, em Sebastião Leal, está 85% concluída e atenderá cerca de 40 mil moradores dos municípios vizinhos de Cristalândia e Corrente, no extremo sul do estado.

Como medida de curto prazo, a Codevasf perfurou 248 poços tubulares em 63 municípios, incluindo Flores do Piauí, Pio IX, Massapê e Sussuapara. Os sistemas contam com placas solares, kits de bombeamento, reservatórios e chafarizes, com investimento de R$ 19,3 milhões.

O superintendente da Codevasf no Piauí, Marcelo Castro Filho, ressalta a importância das iniciativas. “Estamos vivenciando um período de seca atípico e severo que prejudica famílias em quase todo o estado. A Codevasf atua desde poços e cisternas até recuperação de nascentes, garantindo melhoria na qualidade de vida, aumento de renda e proteção ambiental”, afirmou.

Segundo o Monitor de Secas, divulgado em agosto de 2025, o Piauí voltou a registrar áreas em situação de seca extrema, principalmente no sudeste, cenário que atinge atualmente dois terços do território estadual. A última ocorrência similar foi no segundo semestre de 2018.