Foto: Arquivo/Cidadeverde.com
Apesar de 24 mil residências no Piauí terem saído da insegurança alimentar em 2024, 112 mil pessoas ainda passavam fome em todo o estado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Conforme o levantamento, cerca de 454 mil domicílios piauienses encontravam-se com algum grau de insegurança alimentar no ano passado (leve, moderada e grave), uma redução de 2,6% em relação a 2023.
A pesquisa classifica a insegurança alimentar em três níveis:
- Insegurança alimentar leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade;
- Insegurança alimentar moderada: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos entre adultos;
- Insegurança alimentar grave: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos também entre menores de 18 anos. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.
Todos os níveis de insegurança alimentar registraram queda nos domicílios piauienses. A proporção de lares com insegurança leve passou de 27,7% para 27,3%; a moderada recuou de 8,8% para 8,1%; e a grave caiu de 5,4% para 4,0%. No caso mais severo, o índice equivale a cerca de 46 mil domicílios em que os moradores enfrentaram privação de alimentos, atingindo tanto adultos quanto crianças e adolescentes.
Foto: Reprodução/IBGE

Ao todo, o IBGE 1,4 milhão de pessoas vivendo com algum grau de insegurança alimentar no Piauí. Deste total, 1,28 milhão de piauienses não se alimentaram de forma adequada para suprir suas necessidades com qualidade e, eventualmente, até com queda na quantidade de alimentos para a população adulta, e 112 mil tiveram redução efetiva de alimentos no domicílio, afetando adultos e, principalmente as crianças, vivenciando uma situação de fome.