A parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e a Defesa Civil lançou, nesta quarta-feira (15), a Rede Verde-Laranja, um sistema integrado de alertas ambientais. A rede promoverá o compartilhamento de dados e permitirá ações mais imediatas e efetivas.
“Na verdade, a importância da rede é que a gente possa ter uma ação mais rápida pelo Governo do Estado, com informações e dados integrados entre as secretarias, visando também à redução de custos. Então, essa parceria da Rede Verde-Laranja, da Semarh, da SEDEC e de outras secretarias visa que a gente possa ter um monitoramento de forma instantânea contra desastres e outros riscos que possam acontecer. Durante todo o período, a gente vai ter algum risco, seja a questão da seca, seja a questão das inundações. Então, essa parceria só fortalece a ação do Governo do Estado para proteger cada vez mais as famílias piauienses e também o meio ambiente”, explica o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo.
Segundo o diretor de Mitigação da Secretaria de Estado da Defesa Civil, Werton Costa, a Semarh já realiza o monitoramento da gestão hídrica no Estado, além do monitoramento pluviométrico, dados considerados relevantes para a Defesa Civil.
“A gente tem dois planos que são sinérgicos, que é o Plano Estadual da Defesa Civil e o Plano de Mudança Climática e Adaptação Climática, que está sendo construído pela Semarh com vários parceiros. Então, está consagrada a partir de uma base normativa que faz com que as duas secretarias se fortaleçam e fortaleçam mais a população piauiense diante de cenários de risco", conta.
Monitoramento de queimadas
Uma das principais preocupações dos últimos meses tem sido o aumento das queimadas, principalmente nas regiões mais secas. Nesta quarta-feira (15), a Semarh anunciou a ampliação, por mais trinta dias, do decreto que proíbe queimadas.
Mesmo com os números alarmantes, a secretaria aponta que houve uma redução de 23% em setembro e de 5% agora em outubro. Ainda assim, o Estado segue em alerta para os prejuízos que as queimadas causam.
“A gente tem acompanhado com muita preocupação, no sentido de que é uma cultura que precisa ser modificada. Eu creio que o momento é da gente trabalhar mais essa questão no chão da comunidade, com nossas crianças. Eu tenho acompanhado a política de educação ambiental da Semarh, que casa com a política de redução de risco da Defesa Civil. A gente deve avançar muito nos próximos anos, mas o cenário de emergência que nós vivemos agora pede uma atuação enérgica do Estado e, com certeza, o secretário deve anunciar medidas que vão de encontro a essa situação que nós estamos vivendo”, afirma Werton Costa.