Um colombiano foi preso nesta terça-feira (11) durante a Operação Macondo, deflagrada pela Polícia Civil.

A ação investiga um grupo de estrangeiros suspeito de envolvimento com empréstimos ilegais, lavagem de dinheiro e rifas clandestinas.

De acordo com as informações da polícia, o suspeito — cuja identidade não foi divulgada — era responsável pela coordenação das atividades ilícitas na cidade de Picos e regiões vizinhas.

Ao todo, a operação foi realizada simultaneamente em Teresina, Parnaíba, Oeiras, Barras, Picos e Água Branca, resultando no cumprimento de 15 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de R$ 5 milhões em contas vinculadas aos investigados.

O grupo operava com juros abusivos e, em alguns casos, utilizava ameaças e violência para garantir a cobrança das dívidas.

Durante as diligências realizadas no município, os investigadores localizaram novos integrantes da ramificação local da organização criminosa.

A estrutura principal do grupo, segundo as investigações, está sediada em Teresina, de onde partiam as ordens e o controle das operações financeiras.

O grupo é composto majoritariamente por estrangeiros oriundos da Colômbia e da Venezuela, e vinha sendo monitorado pelas forças de segurança após denúncias sobre o aumento de práticas de agiotagem em diversas cidades do Piauí.

A Polícia Civil informou que as investigações continuam com o objetivo de identificar outros envolvidos e rastrear o fluxo financeiro do esquema.

Em Picos, equipes da Superintendência de Operações Integradas (SOI) e da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP) cumpriram mandados de busca em imóveis ligados aos investigados e recolheram documentos, celulares e valores em espécie, que serão analisados para aprofundar as investigações sobre a atuação local da quadrilha.

“A Operação Macondo representa um passo decisivo no enfrentamento de condutas ilícitas que afetam a dignidade de trabalhadores e pequenos comerciantes, expostos a um ciclo de medo e coerção. A ação reafirma o compromisso da Segurança Pública com a proteção dos grupos mais vulneráveis, ao avançar sobre estruturas que operam à margem da lei. Tais violações não serão toleradas e os responsáveis responderão com o rigor da legislação vigente”, destacou o delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da SSP-PI.

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Com informações do Portal Cidade Verde