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Queiroga critica cobrança de passaporte da vacina contra Covid para crianças
Saúde
Publicado em 12/02/2022

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se manifestou neste sábado, 12, contra a cobrança do comprovante de vacinação para crianças nas escolas. A declaração de Queiroga foi dada ao comentar decisão da Justiça de Alagoas, que determinou que as redes pública e privada de ensino de Maceió exijam o passaporte vacinal para que alunos de 5 a 17 anos tenham acesso às salas de aula.

"Já prejudicaram nossas crianças em 2020, já prejudicaram em 2021. Querem prejudicar de novo, impedindo que as crianças tenham acesso à sala de aula?", criticou Queiroga, ao defender que as crianças não podem ser obrigadas a se vacinar, posição também defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). "O povo brasileiro tem grande adesão à vacina. Por que eu vou criar mais calor em uma discussão que é um direito de todos? Busque as vacinas, as vacinas estão aí", disse também o titular da Saúde.

Apesar da contrariedade em relação ao passaporte vacinal, o ministro pediu aos pais que imunizem os filhos para reduzir a transmissão do coronavírus no País. Segundo ele, o governo federal vai distribuir até 15 de fevereiro as doses necessárias para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos com a primeira aplicação.

Queiroga ainda rebateu as críticas de que teria atrasado a imunização desta faixa etária. "Aqueles que tão dizendo que eu atrasei vacina de criança, quantas doses de vacina distribuíram para as crianças e a população brasileira? Conjunto vazio", provocou.

"Um Consórcio de governadores do Nordeste disse que ia trazer vacina. Disseram que iam trazer respiradores também. E aí, quantas vacinas trouxeram? Nenhuma. Todas foram distribuídas pelo governo federal", criticou, lembrando das negociações fracassadas do grupo de governadores para compra da vacina russa Sputnik V. O consórcio é alvo reiterado de Bolsonaro e seus apoiadores - a região é governada, em sua maioria, por políticos filiados a partidos de esquerda, oposição ao governo federal.

Fonte: Estadão Conteúdo 

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