Foto: Iamercia Rocha/ Cidadeverde.com
O cardiologista Dr. Fernando Giordano explica que a avaliação médica é essencial para identificar fatores de risco e evitar complicações.
“Você precisa fazer uma avaliação com o médico antes para ele verificar os seus fatores de risco. Não é toda atividade que a pessoa pode fazer, principalmente se ela é sedentária. A atividade física vai colocar o seu corpo no estresse, então se você tiver alguma comorbidade, pode desencadear um problema mais grave, como uma arritmia, um Infarto agudo do miocárdio (IAM), um acidente vascular cerebral”, alerta o médico.
Mesmo pessoas que se consideram saudáveis não estão totalmente livres de riscos. Há doenças cardíacas silenciosas que podem se manifestar de forma súbita.
“Existem doenças silenciosas cuja primeira manifestação pode ser algo grave, como um infarto, uma arritmia maligna ou até morte súbita. Por isso, é importante tentar identificar isso antes que ocorra”, reforça Giordano.
Outro ponto destacado pelo cardiologista é o perigo do excesso. O exercício físico, quando feito de forma exagerada e sem o acompanhamento adequado, também pode ser prejudicial.
“O excesso de exercícios pode sim ser prejudicial ao coração. Isso ocorre muito com atletas profissionais. Existem o Overtraining, que a gente chama, que é o excesso de treino. E podem até desencadear doenças cardíacas. Tem um limite, às vezes, entre o coração do atleta, que é um coração adaptado à atividade física, e uma patologia cardíaca mesmo. Então é muito importante o acompanhamento médico com o cardiologista, alimentação adequada, suplementação adequada quando necessário, para evitar que isso ocorra. E, principalmente, o sono adequado e também os momentos de descanso para você recuperar sua musculatura, sua mente, para voltar ao treino com mais força no outro dia”, explica.
Para ele, embora a consciência sobre o acompanhamento cardiológico esteja aumentando, ainda há quem negligencie essa etapa.
“O pessoal está tendo mais noção que é importante a gente estar um passo na frente da doença. É muito importante, sim, você ter essa avaliação com o médico e com outros profissionais de saúde. Se passar com o educador físico, já está muito bom também, porque, na verdade, a maioria não passa com ninguém, né? Começa a fazer sem nenhuma orientação. Então, é muito bom você passar no médico, passar no educador físico, no fisioterapeuta”, destaca.