O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática Estratégia para a vacina contra a Covid-19 do Fórum de Governadores do Brasil afirmou que o cronograma de entrega da vacina Sputnik será divulgado na próxima semana. Ele participou nesta terça-feira (15) da reunião com o Fundo Soberano Russo.
Participaram do encontro os governadores dos Consórcios Nordeste e Amazônia Legal. De acordo com Wellington Dias, ficou mantido o contrato de 37 milhões de doses do imunizante para o Brasil. A quantidade de doses será restrita a 1% da população de cada um dos seis estados solicitantes
"Nesse cronograma, vamos seguir a aprovação da Anvisa, um primeiro momento, com a entrega de 1% das doses, o equivalente a 1,5 milhão doses para o consórcio e cerca de 4 milhões do contrato do Ministério da Saúde", explicou.
Frascos da Sputnik V — Foto: Jorge Bernal / AFP
- Bahia – 300 mil doses
- Maranhão – 141 mil doses
- Sergipe – 46 mil doses
- Ceará – 183 mil doses
- Pernambuco – 192 mil doses
- Piauí – 66 mil doses
Após a reunião, o governador destacou o empenho por parte da Instituto Gamaleya, do Ministério da Saúde da Rússia, por parte do Fundo Soberano Russo, em colaborar com o Brasil com a compra da vacina Sputnik.
"Eles já têm experiências de países menores, como San Martini, onde já aconteceu a vacinação de 75% da população e praticamente sem reinfecção, óbito, adoecimento por Covid-19", declarou.
Semana passada, Wellington Dias declarou que a vacina russa Sputnik V estará disponível para os estados brasileiros até o mês de agosto. No Piauí, as doses da vacina Sputnik V devem ser usadas em uma experiência de vacinação em massa em um município do estado.
Que vacina é essa? Sputnik V
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no dia 4 de julho, com restrições, o pedido de importação excepcional das vacinas Sputnik V e Covaxin contra a Covid-19. A decisão vale apenas para lotes específicos de imunizantes trazidos de fora e não configura autorização de uso emergencial pela agência.
Em razão de "incertezas técnicas" presentes na documentação das vacinas Sputnik V e Covaxin, a Anvisa decidiu pela aprovação da importação, mas desde que sejam seguidos protocolos para uso controlado dos imunizantes.
Entre outros pontos, as condicionantes para a importação das duas vacinas são:
- Suspensão imediata das aplicações caso a Anvisa ou a Organização Mundial da Saúde (OMS) reprovem o uso emergencial da vacina em questão;
- Não utilização das vacinas em pessoas com hipersensibilidade a qualquer dos componentes da fórmula, gravidez, lactantes, menores de 18 anos ou maiores de 60 anos, mulheres em idade fértil que desejam engravidar nos próximos 12 meses, enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia;
- Proibição de aplicação em pessoas que tenham recebido outra vacina contra a Covid-19, com febre, HIV, hepatite B ou C, que tenham se vacinado nas 4 semanas anteriores, tenham recebido imunoglobulinas ou hemoderivados 3 meses antes, tenham recebido tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação 36 meses, tenham recebido terapias com biológicos incluindo anticorpos anticitocinas e outros anticorpos;
- Importação de doses fabricadas em plantas inspecionadas pela Anvisa;
- Lotes importados devem ser aprovados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz;
- Bulas e rótulos devem ser disponibilizados em português;
- Comunicado claro de que o imunizante não tem avaliação da Anvisa quanto aos critérios de qualidade, eficácia e segurança